domingo, outubro 05, 2014

Sonho...

Há pouco mais de um ano e meio tive um sonho muito estranho e acordei sobressaltado. O sonho me lembrou o livro de Jeremias, no episódio em que ele vê o Senhor em Seu trono e diz "... Ai de mim pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo impuro..."

Eu estava na igreja de N. S. Conceição, em Belford Roxo (passei minha infância nela e conheço fácil aquela igreja, mesmo em sonho). A igreja estava um pouco diferente, havia um braseiro na lateral do altar e um ou outro detalhe que agora me escapam.

O padre estava fazendo a homilia e enquanto ele falava um homem louco andava pelo altar, meio sem rumo. Eu estava sentado na primeira fileira de bancos e fiquei prestando atenção nas imagens que ornavam a igreja. Entre elas havia uma de Cristo pregado na cruz, no fundo, bem no meio do altar.

Houve então um grande terremoto, todos ficaram assustados e todas as imagens caíram e se quebraram, incluindo a grande cruz com o Cristo morto. Mas apenas a representação de Cristo caiu, ficando a cruz pendurada. Houve uma certa confusão e o padre se retirou do altar, indo para a sacristia que fica atrás do altar.

O louco pegou dois tições do fogo e pôs em minhas mãos, mas eles não me queimaram.  Eu estava mais preocupado com o louco. Peguei um cobertor e o cobri, tirando-o do altar. Depois olhei para a cruz ali pendurada e percebi que precisava fazer algo. Que podia e devia fazer, e que havia sido de certa forma purificado.

Subi no púlpito e preguei para a igreja católica lotada que o Cristo que havia morrido por nós não estava mais pendurado numa cruz, Ele ressuscitou e vive e voltará. E aquelas imagens eram apenas representações de pessoas que haviam morrido, mas não ressuscitado, e que elas não eram como o Cristo, nem podiam ouvir e quanto menos responder às orações.

Preguei sobre os mandamentos e sua validade. Preguei sobre a volta de Jesus e sobre o quanto ela estava próxima daqueles dias, às portas. Preguei muitas outras coisas das quais não lembro. Aqueles dias não estavam longe do dia de amanhã. Todos ouviram atentamente e muitos ficaram felizes por ouvir aquilo.

Acordei assustado e impressionado. Aquele sonho não se repetiu, mas não consegui esquecê-lo. Ele ficou martelando em minha cabeça por dias e eu sentia que devia escrevê-lo, mas acabei afogado nas tarefas do dia a dia. Depois disso o Benjamin nasceu e minha atenção foi desviada para ele.

Mal lembro do que como no dia seguinte, mas ainda lembro de detalhes do sonho. Por isso estou escrevendo.

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